segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sincronizando, Recebendo, Registrando - Parte II

            Nós criamos uma egrégora que vibrava na frequência necessária para receber as informações de igual frequência. Nós passamos a co-criar nosso sincrodestino. Na minha visão individual eu tentava compreender o que estava acontecendo - percebi as artimanhas da quântica mágica da mente. A dúvida sempre me acompanhou, entretanto era ela também que me empurrava na direção das provas que eu precisava para acreditar e entender... Mas entender e acreditar no quê exatamente? Esse era o ponto nevrálgico da busca. Como a teoria vira prática?

            Livros e experiências de certo teor transcendente e místico começaram a chegar em abundância até mim. Mil maneiras de falar sobre a mesma coisa - e tudo aquilo eu já sabia, mas não sabia que sabia, não acreditava que sabia. Aos poucos fui me convencendo e aceitando algo muito maior que eu. Uma presença foi estabilizada. Sutilmente consegui visualizar que não estava sozinho

            Eu sempre vivi nas encostas de uma montanha, num vilarejo comum, com pessoas comuns, e uma rotina comum, por mim bem conhecida e agradável. Um dia eu subi a montanha do conhecimento até seu topo. Deparei-me com uma visualização geograficamente privilegiada. Podia ver a cena terrestre de uma forma holística: a natureza, a sociedade, seus agentes...
            Percebi que uma tormenta vinha furiosamente em direção a tudo isso e também a mim, no topo da montanha. Fui até o outro lado e lá encontrei o precipício mais aterrador já visto pelo homem. Equilibrando-me na beira do penhasco me vi obrigado a tomar minha decisão permanente: uma voz repousou sobre mim sutil, tranquila e afável, congelando o tempo e o espaço num raio de lucidez para que eu me concentrasse unicamente na sua proposta clara - "Pula em direção ao precipício que eu te faço voar." disse-me a voz afável. Eu recuperei minha razão, o tempo voltou a correr, a tormenta estava muito próxima e minhas opções eram saltar em direção às profundezas obscuras do precipício somente com a fé na proposta mais louca que eu já ouvira (como assim me faria voar?!), ou sucumbir ao medo da obscuridade do penhasco, da loucura lúcida daquela voz afável, de pular insanamente em direção ao desconhecido sem qualquer garantia real de que eu sobreviveria, de que o meu corpo continuaria comigo, de que um dia eu poderia ver o meu vilarejo, minhas pessoas, minha rotina estável, agradável e bem conhecida por mim. Sendo assim, eu teria de enfrentar na carne a tormenta. Primeiramente teria de, inevitavelmente, ver o meu vilarejo sendo destruído pela tormenta, ouvir os gritos de terror das minhas pessoas, sentir a minha rotina conhecida sendo rasgada de mim pra sempre, e depois eu mesmo sentir a destruição da tormenta na carne para, quem sabe, sobreviver só.
            Eu pulei.

            Aceitar em mim uma presença superior foi o salto mais assustador em direção à fé. Depois disso senti o poder do amor e da bem aventurança me conduzindo ao estudo do auto conhecimento. Não estou aqui por acaso. Neste grande teatro da vida todos nós temos um papel; cada um tem de interpretar seu drama, e, somente com o conhecimento das próprias características será possível potencializar seu personagem.

            Eu não tenho conhecimento específico. Apesar de ter o mínimo de estudo, de leitura, de conhecimento em geral; o que eu sei vem antes e é mais abrangente, pois não é meu - me é dado. Esse é meu papel: receber, intuir, traduzir e informar.

            Nesse sentido devo continuar os registros. Dia 15 de março de 2011 recebi uma missão relacionada com 2012. Meu primeiro comando era sincronizar e ser coerente com a minha consciência para que eu pudesse cumprir a missão com êxito. O segundo era recrutar irmãos para ajudar-me na busca por mais informações, na coerência espiritual, no amparo psicológico e emocional. E por fim, juntamente com meus irmãos, espalhar uma mensagem de amor, meditação, sincronização, conhecimento e coerência, sendo, eu mesmo, o exemplo vivo da mensagem; do contrário minha palavra não teria força. Por isso eu tinha um guia que me acompanhava há muito tempo...

            Certa ocasião - em um surto autodestrutivo - acidentei-me de carro embriagado. Acordei no outro dia inconsciente - eu estava no meu quarto, ileso - mas subitamente recuperei flashes de memória e lembrei-me que havia deixado meus documentos com a brigada militar. Sem pensar em mais nada me dirigi intuitivamente à brigada sem sequer tomar banho, escovar os dentes ou qualquer outra coisa. Simplesmente acordei e fui até lá como que tele guiado. Chegando lá encontrei um brigadiano que me disse que o oficial que apreendera meus documentos não se encontrava, e educadamente me convidou a sentar. Percebendo meu estado energético o brigadiano começou a discorrer sobre embriaguez, autodestrutividade, e espiritualidade. Contou-me algumas experiências próprias - naquele momento comecei a perceber uma atmosfera estranha no recinto. Aquela sensação de congelamento do espaço e tempo, aquele repousar de energia psicodélica na matéria, transcendente, a incredulidade do fato presente... Quando menos percebi o brigadiano num olhar estático de fogo disse-me que não me conhecia, não sabia de nada sobre mim, que não tinha motivos pra falar o que iria falar, mas tão somente por minha vontade de ouvir. Ele disse que via um anjo ao meu lado, que aquele anjo me acompanhava, me protegia e me guiava desde que eu nascera, e que era ele que o mandara falar tudo o que me havia falado. No entanto, disse-me o brigadiano, se eu pudesse ver o exército de espíritos baixos que lutam pelo meu fracasso eu morreria de medo.

            Essa experiência transcendental não veio de uma festa have, de um ritual místico, do uso de psicotrópicos... Veio de dentro de uma unidade da Brigada Militar, mais especificamente de um brigadiano! Eu o fiz algumas perguntas, e, logo depois de tudo o que havia de ser dito assim o foi, chegou o brigadiano que detinha meus documentos quase que simultaneamente - eu diria sincronicamente - chegou meu avô. O brigadiano me entregou os documentos com um sorriso, conversou com meu avô de maneira muito tranquila, mandou-me ir pra casa com Deus e eu fui. Sai da delegacia com meu avô, incrédulo, não sabia como o explicar que nada havia sido feito contra mim...

            Voltando ao dia 15 de março, um dos meus irmãos de caminhada havia me enviado um link do antigo site do movimento do Sincronário da Paz -  www.calendariodapaz.com.br - indicando que eu lesse o texto trânsito de Vênus 2004-2012, os oito anos da conversão harmônica. Pois bem, assim eu o fiz; li o texto. Nesse momento outro texto já me chamava atenção -A ProfeciaTelektonon-http://calendariodapaz.com.br/homeLuaHarmonicaVermelha/movimento.php?cdItem=2&cdSubItem=7

            Li a tal profecia e não pude deixar de notar outro texto que dizia IMPORTANTE TEXTO EM PORTUGUÊS DO BOLETIM RINRI III, ESCRITO POR VALUM VOTAN, O ENCERRADOR DO CICLO- http://calendariodapaz.com.br/homeLuaHarmonicaVermelha/ProjetoRinriBoletimIIIVolume4Nro3.php.

            Depois de ler tudo isto eu senti a mesma sensação de descarga energética que havia sentido no dia anterior. Senti que havia recebido uma mensagem clara. Na tarde do mesmo dia, sai eufórico do trabalho correndo para a beira do rio onde costumo encontrar meus confraters e os contei sobre tudo; sobre os meus anseios a respeito de 2012 e como se dera meu chamamento.

            Ninguém compreendeu muito bem minha euforia. Escolhi então um número mais seleto de irmãos para que me ajudassem a pensar melhor sobre essa questão. Com meu irmão Christo Chula observei novamente um vídeo esplêndido de McKenna:
http://www.youtube.com/watch?v=mQehBoWdCAQ

            As coisas se encaixavam e faziam sentido, cada vez mais.

            No dia seguinte, surgiu a oportunidade de encontrar mais dois irmãos que, sensibilizados com minha apreensividade, começaram a ponderar com mais seriedade sobre a questão, eis que um deles, o rastafari, assim profere:

            - Então irmão.. Hoje mesmo tive um contato interessante com uma mulher que carregava um colar com o símbolo que eu avistara no Peru, da cultura Andina, ela disse-me que hoje mesmo rola um ritual da Mísitca Andina, o que vocês acham de comparecer?

            Eu não vacilei, disse para irmos, o irmão Antonio concordou, e lá estávamos...

            Presenciamos, interagimos e compartilhamos do ritual humildemente, e no primeiro momento em que nos foi dada a palavra (pois quase que todo grupo era integrado por mulheres de faixa etária um pouco acima da nossa, e lhes era curioso o fato de 3 jovens tão peculiares estar presente ali - afinal por quê exatamente?) eu fui diretamente ao ponto. Contei a elas pelo que havia passado nos últimos dias e o quão intenso havia sido. E então falei - quero saber sobre 2012.

            A mulher por quem eu me senti mais atraído entre todas foi quem me respondeu... Ela, com muita serenidade, e cuidado ao escolher as palavras, me falou sobre a transição pela qual iríamos passar e já estamos passando, de uma forma muito tranquila, no entanto aquela tranquilidade toda me dizia mais sobre o que eu queria saber - tinha mais para saber...

            Graças ao próprio blog que escrevo fiz um importante contato. O sr. Mautama Krishnarabi mecionara comigo sobre meu blog, e vice-versa, eu sobre o dele... Aproveitei o contato para perguntar-lhe por orientações no mesmo sentido eis que, em seguida, seus posts me responderam mais ainda sobre o caminho que eu escolhi trilhar. Eram os seguintes posts:
 
http://www.youtube.com/watch?v=XWIvfE01J0k&feature=relmfu

2 comentários:

  1. "Aquela sensação de congelamento do espaço e tempo, aquele repousar de energia psicodélica na matéria, transcendente, a incredulidade do fato presente..."

    Vivencio momentos assim quase diariamente!
    Muito bom o post, irmãozinho.
    Importante ressaltar este momento em que "cai a ficha" do conhecimento ancestral, da sabedoria divina, e tudo que é relacionado vem até ti, como um imã, como um estado de inércia.
    Também acompanho o blog do Mautama, mas ainda não chegamos a nos falar. A lucidez de suas palavras me é de grande importância no cotidiano, assim como as tuas!

    e mesmo que eu não tenha conseguido ficar até o final, aquele evento de ontem foi sublime! Parabéns pela organização.

    Aho!

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  2. Fico pasmo, estupefato com a forma pela qual te expressas, és vívido. Talvez, seja comumente sensível ao entorno, ou reconheça muitas coisas. Parabéns. Sinto falta de pessoas jovens numa busca cristalina, não míope, tampouco devaneada. hug!

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