sábado, 27 de abril de 2013

Crê Ser

http://vimeo.com/48128343



            Ver as paisagens do mundo me lembra como é grandioso sermos o que somos, seres humanos trilhando um caminho no tempo e espaço. Mas vejo um degrau consciencial que por vezes não consigo compreender. Estamos distantes da natureza, o que houve com a nossa percepção? Pare de pensar tanto, algo deve ser sentido. Nas cidades pouco conseguimos ver da grandiosidade das paisagens naturais. A natureza foi reduzida a mero enfeite, mero detalhe. Não mais está representada da maneira como ela é e o que verdadeiramente representa. Ora, do que você gosta? Montanhas, mares, lagos, cachoeiras? Calor, frio, tons vermelhos, secos, molhados azuis ou verdes? Desertos, a selva, o mato... ou tudo junto? Na cidade nós vemos asfalto, esgoto, prédios cinzas e muita publicidade. Vemos sujeira, maus tratos, ignorância, e roupas caras. Poluição sonora, visual, sentimental, miséria e ostentação. Vemos pessoas gordas, brancas, ensebadas, carecas com olheiras. Pessoas sujas, jogadas, entregues à drogas, doenças e prostituição. Qual é o SEU meio? O que quer para nós? Nós vamos deixar o Xingú acontecer? O nosso ser numinoso se expressa na profundidade das paisagens. Nós, de alguma forma, também somos o que vemos. Você vê o que é? Saia de onde está e vá ver o ambiente que deseja. Reflita, pois um tem comido o outro, um em detrimento do outro, assim não há equilíbrio e você não está equilibrado. O aspecto transcendente de todo ser humano foi ofuscado pela ignorância. Se hoje nos sentimos ateus é porque demos adeus a nossa visão de que nossa existência se expressa por diversas linguagens e o seu conflito ou frustração só lhe foi mal interpretado. Você, no fundo, gostaria de estar na praia, ou na serra ou ter um belo jardim com vida e cores e flores para lembrá-lo de que, em algum lugar, isso ainda existe. Você existe.

            Bem, não vejo uma coisa só, ainda vejo algumas. Mas receio, por vezes, se estamos preparados para enfretarmos a nanotecnologia que nos aguarda em breve. Vamos enfrentar uma nova era tecnológica e não sei se temos a devida maturidade psicológica para lidar com isso. Não penso que temos a devida consciência do porvir e das consequências. Me dou conta disso fazendo minha tese de conclusão de curso que nada mais é do que uma recapitulação do que pude aprender em vida... até o presente momento.

            Vocês tem de ouvir aos apelos dos nossos corações. Tem de dobrar-se e, se for necessário, redobrar-se. Ora, não importa o quanto custa, o custo é mera imaginação, o que importa é aonde queremos chegar. Assuma isso, jogue o jogo, mas não se perca no centro da cidade, entre ruas e vielas e becos sem saída. Onde é sujo, cinza, fedorento e não faz sentido cara! Amplie sua visão, aceite o seu coração, aceite que foi criado e você faz parte da natureza. É um mamífero que pensa que pensa, que acha que sabe, que acha que acha. Pare de pensar algo deve ser sentido. Tenha fé. Você existe e não é uma cidade. Você é uma praia, ou um campo, ou uma serra ao mesmo tempo que tudo isso ainda é você, mas está num jardim limitado. Esqueça dos muros e vá ver o que tem lá fora cara. Crê Ser que crescer é o que devemos. Crê Ser que crescer é o que somos; de uma vez por todas.

            Você é a sua natureza, mas a natureza em que vive. Você é a natureza, por que quer negar? Você é. Pare de pensar, é impossível ver as paisagens sem que algo seja sentido, qualquer algo seja sentido.

            Mas nós temos nome, nós somos os índigos. Nos chamamos índigos pela nossa cor mas principalmente pelas nossas características. Eu gostaria de lhes apresentar mais uma vez ao que nós somos. Nós somos os índigos.

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