quinta-feira, 24 de março de 2011

Sincronizando, Recebendo, Registrando - Parte I

Dia 14 de março de 2011...

            Seguindo a volta do meu caminho rotineiro em Porto Alegre comecei meu dia interessado. No momento os jornais e demais veículos de notícias constatam a inevitável revolução da natureza. Um dos maiores terremotos da história que acabou de ocorrer no Japão nos propicia um espetáculo de imagens e horror como um filme de ficção científica. Crises políticas no Oriente Médio (Muammar al Gaddafi); na mídia britânica (Rupert Murdoch), entre outras -  conflitua os interesses de líderes políticos do mundo todo. Um cenário muito peculiar... Uma sensação muito esquisita invade a atmosfera - é como se algo profético começasse a assolar os paradigmas dos mais velhos, e confirmar os sonhos dos mais novos. A sensação de ter o nível consciencial em que me encontro é uma mistura de ansiosidade, bem aventurança, receio, adrenalina, prazer e medo... Abri um livro - F. Nietzsche, Ecce Homo. Li o seguinte:

            "Eu conheço o meu fado. Um dia haverão de unir ao meu nome a lembrança de algo monstruoso - uma crise como jamais houve na Terra, na mais profunda colisão de consciência, em uma decisão evocada contra tudo aquilo que até então havia sido acreditado, reivindicado, santificado... a verdade fala através de mim... Mas a minha verdade é terrível: pois até hoje a mentira é que foi chamada de verdade... Transvaloração de todos os valores: esta é a minha fórmula para um ato supremo de auto-conscientização da humanidade, que se tornou gênio e carne dentro de mim. Meu fado quer que eu seja o primeiro homem decente, que eu saiba a antítese contra a mentira de milênios... E com tudo isso sou também, necessariamente, o homem da fatalidade. Pois se a verdade entra em luta com a mentira de milênios, haveremos de ter abalos tremendos, uma convulsão de terremotos de montanhas e VALES, conforme jamais sequer foi sonhada. O conceito de política, então, estará completamente envolvido em uma guerra de espíritos, todas as imagens de poder da velha sociedade explodirão no ar - todas elas descansem sobre a mentira: haverá guerras conforme jamais as houve sobre a Terra." 1888 F. Nietzsche, Ecce Homo, De como a gente se torna o que a gente é. Pgs 144 e 145.

            Tremia ao transcrever o trecho supra narrado... Nietzsche dizia que sua obra só seria compreendida por pessoas séculos na sua frente; que ele era uma consciência perdida no seu tempo...

            Senti a necessidade de observar o meu blog, pois havia aberto meu e-mail um pouco antes para reler o último texto que fizera dedicado a beleza feminina e então publicá-lo - simultanedade da internet - necessidade de expressar-se.

            Ao fazer isso me deparei com uma atualização de um blog que sigo: AMOR CRISTALINO. O blog falava sobre a FRATERNIDADE BRANCA.
http://mautamakrishnarabi.blogspot.com/2011/02/grande-fraternidade-branca.html

...e o post logo abaixo era o seguinte http://mautamakrishnarabi.blogspot.com/2011/01/el-pensene-e-la-ley-de-la-atraccion.html do qual eu gostaria de destacar a seguinte parte: "El resultado es la atracción de personas, lugares y situaciones con esta misma vibración energética . Muchas personas que conocen profundamente estos conceptos viven una realidad que ellos propios han creado , muchos hablan de que sus vidas son repletas de milagros , coincidencias , suerte y otras evidencias , lo que por muchos es conocido como crear su propio sincrodestino."

            Eu poderia parar de escrever agora, seria um bom final, mas meu pensamento me conduziu adiante - dei-me conta do estado evolutivo em que me encontro e do quanto eu aprendi a controlar meu ser. Durante a minha vida toda a presença de membros da minha família e amigos foi fundamental. Na família encontrei meus instrutores que plantaram a semente do caminho certo no meu coração. Eu já estava na direção certa e na vibração certa. A partir dai encontrei meus amigos no mesmo estado vibracional. Criamos algo que por muito tempo pode ter parecido irrelevante para muitos, ou com relevância de teor banal, qual seja: um simples incômodo social para aqueles que nos julgavam por nossa marra juvenil. De alguma forma éramos marrentos, mas entre nós todos ocupavam locais de destaque nobre e de exposição vexaminosa no momento devido. Cada um de nós guiou a si próprio e se inseriu no grupo adotando a marca que representava naquela época doce e pueril a antítese do capitalismo consumista de hoje. Todos nós éramos iguais perante a ideologia superior da Chinelagem, assim como todos haviam de sustentar este status por mais vergonhoso que ele viesse a ser em alguns momentos. Ninguém podia se negar! Então frente à sociedade também todos haviam de sustentar a ideologia do grupo o que tornavam, de novo, todos iguais. Iguais no sentido de que todos nós éramos aprendizes da mesma escola, mas aí é que entra a complexidade do que estou tentando registrar: a iniciação era justamente a desconstrução egóica de cada um. Todos passavam a se conhecer muito bem e cada um agregava à escola o seu personagem arquetípico.

            O tempo alterou nossos valores preponderantes e uma mutação natural ocorreu... Passamos, sem nenhuma intenção específica, a denominar o grupo CH. Mais tarde uma obra de arte do nosso irmão veio a ilustrar o que - ao menos em minha opinião - hoje representa a marca sincrônica do que realmente somos e representamos.

4 comentários:

  1. é realmente yam o mundo esta passando por mudanças ocorridas pela atitude errada do ser humano em cuidar do nosso mundo, desssa natureza tão rica e fundamental. Na questão política vemos uma sequência de paises nunca antes mencionados que vivem em um estado de ditadura de anos, e que agora resolveram se rebelar e disperar uma importancia nunca sentida por outros países, minha humilde e leiga opnião a respeito disso: não se importam com a população que nada, o problema é que o ditocujo ditador resolveu infrentar essas potências. Mas em fim so quis comentar a respeito do teu primeiro parágrafo. Sobre Nietzsche, é difícil de falar, por aprecio muito as obras dele e ate preciso de um certo tempo para sintir e entender o bocado de informação que ele me diz. como outros pensadores que admiro, rousseau,voltaire( apesar dele ser um mimadinho da corte) entre outros. Agora sobre teu grupo eu poderia fazer um texto aqui cheio de criticas e rancores e magoas que eu sinto dentro de mim, mas como uma frase que eu coloquei no meu facebook "A primeira lei da natureza é a tolerância - já que temos todos uma porção de erros e fraquezas. - Voltaire" mas isso deixa pra gente conversar pessoalmente, acredito que eramos todos muito imaturos e que o tempo passa e com ele mais conhecimento e amadurecimento. mas isso deixa pra gente conversar um dia ao vivo. beijo yam curti muito teu blog

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  2. Eh isso ae!!! Sincronizando, recebendo e registrando! Mandaram ver!!! Aguardo a parte II!
    Luz, Paz e Amor! Namaste!

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  3. o que torna-me assíduo leitor de vcs é a entrega ao dedilhar palavras sobre um tudo, de política à espiritualidade, passando por fatos corriqueiros, sem ser piegas e óbvios como a Martha Medeiros. Vejo o passado no presente, digo, questões já discutidas vindas à tona pela simples leviandade do ser, a teimosia, o ego humano falando mais alto. Gaia, ninguém cala, quando ela berra, terras tremem, ondas formam-se, ventanias se formam, tudo em busca do respeito por seu filho, o planeta terra. Só um louco lúcido, para entender outro. hug.

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  4. Irwing, torno minhas as suas palavras! e, pelo pouco que pude entender, esse CH, já se libertou da condição "grupo"... é uma entidade! te entendo perfeitamente quando disse que tremeu ao digitar o trecho de Nietzsche, também tremi ao digitar isso:

    "Tenho forte amor pela justiça, pelo compromisso social. Mas com muita dificuldade me integro com os homens e em suas comunidades. Não lhes sinto a falta porque sou profundamente um solitário. Sinto-me realmente ligado ao Estado, à pátria, a meus amigos, a minha família no sentido completo do termo. Mas meu coração experimenta, diante desses laços, curioso sentimento de estranheza, de afastamento e a idade vem acentuando ainda mais essa distância. Conheço com lucidez e sem prevenção as fronteiras da comunicação e da harmonia entre mim e os outros homens. Com isso perdi algo da ingenuidade ou da inocência, mas ganhei minha independência. Já não mais firmo uma opinião, um hábito ou um julgamento sobre outra pessoa. Testei o homem. É inconsistente."

    Como Vejo o Mundo - Albert Einstein (p. 10)

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