Por: Felipe Albuquerque
Chamava-se Júnior, mas era sutilmente apelidado de Estuprador. Estuprador, sim, assim chamava-se o único primo de minha esposa ainda lúcido, e que, portanto, cuidaria das crianças. Elas estariam também sob os cuidados de Billy da Pedra, seu companheiro de quarto, que estava de dieta e pesava 40 kilos. Estuprador mostrou-se um rapaz calmo e equilibrado logo em nosso primeiro encontro, quando estava escondido de baixo da cama, completamente nu, com um espeto na mão a olhar fixamente para a ratoeira que preparara. Achei estranho, mas pude ficar tranqüilo e ter total confiança de que ele não era louco, quando me explicou que estava, afinal, apenas tentando matar um suposto rato voador com o rosto de lúcifer, o qual não parava de gritar seu nome e convidá-lo para tomar chá no inferno. -Que alívio, pelo menos louco ele não era. -Para me deixar ainda mais a vontade, vestiu seus andrajos e me fez a proposta quase irresistível de tomar um alucinógeno chamado Portal do Inferno, mas, não sei exatamente por que, algo naquela droga me dizia que não seria uma boa idéia.
Chamava-se Júnior, mas era sutilmente apelidado de Estuprador. Estuprador, sim, assim chamava-se o único primo de minha esposa ainda lúcido, e que, portanto, cuidaria das crianças. Elas estariam também sob os cuidados de Billy da Pedra, seu companheiro de quarto, que estava de dieta e pesava 40 kilos. Estuprador mostrou-se um rapaz calmo e equilibrado logo em nosso primeiro encontro, quando estava escondido de baixo da cama, completamente nu, com um espeto na mão a olhar fixamente para a ratoeira que preparara. Achei estranho, mas pude ficar tranqüilo e ter total confiança de que ele não era louco, quando me explicou que estava, afinal, apenas tentando matar um suposto rato voador com o rosto de lúcifer, o qual não parava de gritar seu nome e convidá-lo para tomar chá no inferno. -Que alívio, pelo menos louco ele não era. -Para me deixar ainda mais a vontade, vestiu seus andrajos e me fez a proposta quase irresistível de tomar um alucinógeno chamado Portal do Inferno, mas, não sei exatamente por que, algo naquela droga me dizia que não seria uma boa idéia.
Ele também poderia se chamar Neto! Realmente a loucura é algo tão intrínseco que não enxergamos quando somos acometidos por ela.
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